O apartamento mais caro desta torre de luxo, de 58 andares, foi vendido por 4,66 milhões de dólares (cerca de 3,8 milhões de euros), muito abaixo dos 5,99 milhões (4,9 milhões de euros) pedidos pela casa 401 quando foi colocada à venda, em março de 2017. O vendedor aceitou mais de um milhão de dólares a menos pelo apartamento de cerca de 354 m2, e que resulta da combinação de dois apartamentos.
A Torre Millennium afundou 43,18 centímetros e inclinou-se 35,6 centímetros desde que foi construída, em 2008. Apesar das inspeções terem mostrado que o edifício é seguro, a situação fez com que alguns moradores optassem por vender as suas casas, mesmo que isso implique uma considerável desvalorização dos imóveis.
Em dezembro do ano passado, um apartamento de dois quartos e três casas de banho foi vendido por 2,99 milhões de dólares (2,43 milhões de euros), mas em 2013 tinha sido adquirido por 4,25 milhões (3,45 milhões de euros). Se tivesse sido num qualquer outro edifício de São Francisco na mesma zona, um apartamento com estas características seria vendido por 5 a 6 milhões de dólares.
A moderna Torre Millennium situa-se na zona financeira de São Francisco, sendo o quarto arranha-ceús mais alto da cidade — o que nos andares mais altos permite uma vista privilegiada sobre a cidade e sobre a baía de São Francisco.
Concluída em 2008, a torre inclui equipamentos de luxo, como uma piscina interior, um centro de fitness, uma garrafeira, um cinema e, claro, serviço de concierge.
Quando abriu portas, só nas primeiras cinco semanas foram vendidos apartamentos no valor de 100 milhões de dólares, com unidades a oscilar entre os 1,6 milhões e os 10 milhões de dólares.
Em junho de 2015 foi quando os moradores ficaram a saber que a torre tinha afundado cerca de 40 centímetros.
As boas notícias chegaram este ano, quando em janeiro desde ano, quando equipas de construção civil começaram uma intervenção no edifício que, espera-se, irá resolver o problema, num projeto que irá custar entre 100 e 150 milhões de dólares (os 81 e os 121,7 milhões de euros).
A grande questão estava em saber quem vai assumir a conta, já que os construtores, residentes e vizinhos que construíram ao lado infra-estruturas num momento posterior, mais especificamente a Transbay Transit Center, não conseguem decidir de quem é a culpa pelo afundar da torre.
A estimativa dos engenheiros é que o edifício afunde 2,53 cm por ano caso a situação não seja resolvida.
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