O PISA (Programme for International Students Assessment) é um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), elaborado de três em três anos, e que mede o desempenho dos alunos de 15 anos em diversas competências.
As competências analisadas no estudo são leitura, matemática e ciências, avaliando ainda outras questões como as capacidades para mobilizar esses conhecimentos na resolução de problemas do dia-a-dia nas sociedades contemporâneas, o ambiente escolar e as condições de equidade na aprendizagem.
De acordo com o ME, a edição do PISA 2018 avaliou pela terceira vez a literacia de leitura como domínio principal.
"Portugal foi um dos 79 países/economias do mundo participantes no estudo, que envolveu 600.000 alunos", apontou o ministério, acrescentando que participaram 276 escolas, 5.932 alunos e 5.452 professores, de todas as regiões do país.
No domínio principal - a leitura - Portugal obteve uma pontuação média de 492 pontos, cinco pontos acima da média da OCDE (487 pontos).
"Considerando os dois ciclos em que a leitura foi domínio principal, o resultado nacional alcançado em 2018 ficou significativamente acima da média obtida em 2000 (mais 22 pontos) e três pontos acima da média de 2009", assinala ainda o ministério.
Em ciências, Portugal obteve 492 pontos, três pontos acima da média da OCDE (489 pontos).
"Na leitura comparada com os resultados de ciclos anteriores observou-se um decréscimo da pontuação média relativamente ao ciclo de 2015 (uma diferença de nove pontos). Este resultado acompanha a tendência decrescente da pontuação média da OCDE na avaliação das ciências", adianta.
Em literacia matemática, Portugal obteve 492 pontos no ciclo de 2018, três pontos acima da média da OCDE (489 pontos).
"Comparando os resultados alcançados em 2018 com os de ciclos anteriores, em que a matemática foi o domínio principal avaliado, verifica-se um aumento de 26 pontos relativamente a 2003, e de cinco pontos relativamente a 2012. Entre o ciclo de 2015 e o de 2018, a pontuação média em matemática não se alterou significativamente", avalia o Ministério da Educação.
A avaliação do PISA também recolhe informação cuja finalidade é a contextualização dos resultados de desempenho dos alunos.
Uma das dimensões de contextualização considerada no PISA é a da equidade da educação, e um dos índices utilizados é o Estatuto Socioeconómico e Cultural (ESCS).
"Em Portugal, a probabilidade de um aluno de entre os 25% mais desfavorecidos obter uma pontuação abaixo do nível 2 de proficiência, é aproximadamente três vezes maior do que a de um aluno com estatuto socioeconómico superior obter essa pontuação", indica, acrescentando que "o efeito do estatuto socioeconómico e cultural no desempenho em leitura é maior em Portugal do que no conjunto dos países da OCDE".
"A diferença da pontuação em leitura entre os alunos portugueses mais favorecidos e os menos favorecidos é de 95 pontos, sendo que 13,5% da variação dos resultados pode ser explicada pelo ESCS dos alunos (valor semelhante ao obtido na OCDE - 12%)", acrescenta ainda o ME.
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