Segundo a nota publicada na página do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as buscas foram efetuadas a residências em Ponta Delgada, Vila Nova de Famalicão, Moimenta da Beira, Espinho, Lisboa e ainda na Madeira. Foram também alvo de buscas escritórios de advogados situados em Lisboa e nos Açores e três empresas açorianas.
“Em causa estão factos suscetíveis de constituir a prática de crimes de branqueamento de capitais, participação económica em negócio, peculato e abuso de confiança”, salientou o MP, acrescentando que a investigação do DCIAP conta com o apoio do Departamento de Investigação Criminal dos Açores da Polícia Judiciária (PJ).
Entretanto, a PJ emitiu também um comunicado sobre a investigação em curso, intitulada “Operação Milhafre”, que confirmou que as sedes do clube e da sociedade anónima desportiva (SAD) açoriana estão entre os locais visados pelas autoridades.
“Entre outras factualidades, em causa estão fluxos financeiros a crédito e a débito entre as contas da sociedade desportiva com as de várias empresas e destas com contas bancárias sediadas em paraísos fiscais, sem que haja justificação da origem e do destino desses valores”, pode ler-se na nota divulgada.
A operação que está a ser desenvolvida conta com o auxílio da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), a Diretoria do Norte e dos Departamentos de Investigação Criminal da Madeira, de Braga e de Vila Real, além da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática.
Também o Santa Clara já se pronunciou sobre as buscas efetuadas e assegurou que as suspeitas de alegada utilização ilegítima de dinheiro estão relacionadas com atos de gestão de administrações anteriores.
“Esta recolha de documentação está relacionada com atos de gestão de administrações anteriores”, avançou o clube açoriano num comunicado, deixando uma garantia de abertura à justiça: “Esta SAD colaborou – e assim continuará sempre a fazer – com a investigação das autoridades, aguardando pelo normal curso da justiça”.
[Notícia publicada às 17:28]
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