Na carta de demissão dirigida à chefe do Governo britânico, Theresa May, a ministra demissionária assume que as suas ações “ficaram aquém dos elevados padrões que são esperados para uma ministra”.
Em resposta, Theresa May vincou que o Reino Unido e Israel “são aliados próximos” e trabalham “em conjunto”, mas “através dos canais oficiais”.
Meios de comunicação social noticiaram mais recentemente que Priti Patel teve, em setembro, encontros com o ministro da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Informação israelita, Gilad Erdan, e com o diretor-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yuval Rotem.
Patel viu-se obrigada a regressar hoje à tarde a Londres, de uma visita oficial ao Uganda, para uma reunião com a primeira-ministra britânica.
A ministra demissionária, que pediu publicamente desculpas na segunda-feira, tem estado sob pressão desde que foi revelado que teve 12 encontros não autorizados com dirigentes israelitas, incluindo Benjamin Netanyahu, e representantes de organizações não-governamentais e empresas durante umas férias, em agosto, e não deu conhecimento disso a Theresa May.
Um jornal israelita noticiou hoje que Patel visitou, na altura, um hospital de um campo militar israelita nos Montes Golã, território que o Reino Unido considera ter sido ocupado ilegalmente por Israel.
Priti Patel é o segundo membro do Governo conservador de Theresa May que se demite numa semana, depois de o ministro da Defesa, Michael Fallon, ter resignado ao cargo, na quarta-feira passada, na sequência de acusações de assédio sexual.
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