“Embora não saiba ao certo as razões que levaram a buscas na residência do professor Marco Capitão Ferreira, posso assegurar que, no período em que trabalhei com ele, nunca detetei qualquer indício de que o secretário de Estado da Defesa Nacional não agia no estrito cumprimento das suas competências e no respeito pela Lei”, assegurou Helena Carreiras.
A ministra está a ser ouvida no parlamento numa audição conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros e anterior titular da pasta entre 2018 e 2022, João Gomes Cravinho, sobre a polémica que envolve o ex-governante Marco Capitão Ferreira, arguido na operação ‘Tempestade Perfeita’.
Numa primeira intervenção, a ministra da Defesa disse ter decidido proceder “à reestruturação orgânica da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional”.
“Acredito que a fusão realizada no passado entre duas grandes direções-gerais, a de Pessoal e Recrutamento Militar, e a de Armamento e Infraestruturas de Defesa, representou uma enorme sobrecarga sobre os recursos humanos, concentrou em poucos os poderes de direção, e criou riscos que importa mitigar”, sustentou a governante.
Helena Carreiras adiantou que, com esta reestruturação, pretende que “seja retomada uma Direção e Controlo efetivos, ao nível dos serviços, em matérias tão relevantes e tão sensíveis como os Recursos Humanos, o desenvolvimento de capacidades militares e o património da Defesa Nacional”.
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