“Ninguém ganhou estas eleições legislativas, nem mesmo (Emmanuel) Macron, que faz declarações grandiloquentes na televisão”, segundo Darmanin, depois das projeções que dão a vitória à aliança de esquerda, à frente da coligação do Presidente Macron e da extrema-direita.
Segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas, nesta segunda volta das eleições nenhum dos três blocos obtém a maioria.
Elemento do governo pela direita moderada e com novo mandato enquanto deputado confirmado, Darmanin apelou para um pacto da sua fação para formar um futuro governo.
“Acho que temos que nos abrir mais à direita republicana do que fizemos até agora”, comentou.
A equipa de Macron informou que o Presidente vai esperar que a nova Assembleia Nacional esteja “estruturada” para “tomar as decisões necessárias” e apelou para “prudência” na análise das projeções.
Nas projeções divulgadas hoje, a Nova Frente Popular poderá ter entre 172 e 215 deputados, enquanto o bloco de Macron poderá contar com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita União Nacional, com entre 115 e 155 deputados eleitos.
Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita de Marine Le Pen conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%.
O Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do Presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.
As legislativas francesas foram convocadas por Macron, após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.
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