A poucos dias de partir para Angola, para a assinatura de um novo programa-quadro de cooperação na área da Defesa, Azeredo Lopes adiantou que o objetivo da visita será conhecer “no terreno” os diferentes projetos de cooperação militar em execução e ver “`in loco´ o que "deve ser modificado e aperfeiçoado”.
A visita de Azeredo Lopes é a primeira de um governante português depois de ter sido suspensa para reagendamento, a pedido das autoridades angolanas, em janeiro, uma deslocação da ministra da Justiça portuguesa àquele país.
Questionado se as relações com Angola na área da Defesa se ressentiram ou esfriaram, Azeredo Lopes respondeu que nunca sentiu “esfriar nenhum”.
“Sinto uma excelente temperatura, nunca senti esfriar nenhum. As relações na área da Defesa estão a desenvolver-se muito bem e de forma muito saudável e espero, tenho a certeza, de que assim vai continuar a ser”, declarou, após questionado pelos jornalistas à margem de uma cerimónia no Instituto de Defesa Nacional, Lisboa.
Centrando o objetivo da deslocação oficial em exclusivo na área governativa da Defesa, Azeredo Lopes sublinhou que, atualmente, “Portugal é produtor de segurança, fá-lo através das Forças Nacionais Destacadas e vai fazê-lo cada vez mais através da cooperação no domínio da Defesa”, através de programas de intercâmbios e outros.
“Estamos dispostos a acolher militares angolanos e a enviar militares portugueses para que possamos dessa forma projetar também o que temos de muito bom cá e o que seja mais útil. Temos o Instituto Universitário Militar, temos as academias, temos o Hospital das Forças Armadas, temos este instituto [Instituto de Defesa Nacional]”, exemplificou.
O ministro considerou que será uma “visita importante”, em primeiro lugar porque “Angola é, na área da cooperação no domínio da Defesa, dos países mais importantes com os quais Portugal tem relações”.
Azeredo Lopes defendeu que “cada vez mais a cooperação tem de ser vista não unilateralmente, mas como uma cooperação com vantagens bilaterais” e, desse ponto de vista, acrescentou, “é indiscutível que Angola representa um parceiro muito antigo, muito amigo e muito importante na nossa projeção externa da Defesa Nacional”.
Quanto ao programa, o ministro disse que está a ser ultimado e confirmou o encontro com o seu homólogo angolano, Salvino de Jesus Sequeira. Segundo Azeredo Lopes, não está previsto qualquer encontro com o Presidente de Angola.
“O que considerámos mais importante foi que, indo a determinado país, eu conhecesse todos os projetos que envolvem os ramos militares”, disse.
Com data de partida prevista para o início da próxima semana, o ministro será acompanhado na visita pelos chefes dos ramos militares e pelo almirante Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
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