Manuel Pizarro disse, durante a inauguração da Unidade de Saúde Mental Comunitária de Loures, que “o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem uma dificuldade em matéria de pessoas sem acesso a equipa de saúde familiar”.
“As pessoas precisam da resposta no momento e eu compreendo (…) e nós com seriedade não podemos dizer que vamos resolver esse problema de um dia para o outro, mas há uma coisa que eu não tenho nenhuma dúvida é que vamos melhorar esses resultados”, disse, lembrando que este ano foram admitidos 507 internos para formação na especialidade de Medicina Geral e Familiar.
O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, disse ao ministro da Saúde, na cerimónia de inauguração, que ainda há cerca de 60 mil pessoas no concelho sem médico de família.
No total, há mais de 1,5 milhões de portugueses sem médico de família.
Ricardo Leão lembrou o compromisso da autarquia de construir quatro centros de saúde neste mandato, no âmbito da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas defendeu ser importante que “os centros de saúde tenham as condições, a capacidade, os meios humanos para dar mais dignidade e condições aos utentes” e para encontrarem ali resposta, para evitar que tenham recorrer do Hospital Beatriz Ângelo.
Manuel Pizarro recordou ainda que vão ser abertas cerca de 970 vagas no concurso para os recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar, realçando que “é a primeira vez que acontece um processo desta amplitude”.
Mas, ressalvou o ministro, “nem que concorressem todos e todos ficassem, não haveria médicos suficientes para que todas as vagas fossem ocupadas".
Questionado pelos jornalistas à margem da cerimónia sobre quando será aberto o concurso para os recém-especialistas, Manuel Pizarro disse que os médicos acabaram o seu exame em março, sendo necessário aguardar pela homologação das notas, mas avançou que a sua expectativa é que seja possível lançar o concurso ainda em abril.
“Mas (…) se for nos primeiros dias de maio, ainda assim, será sempre o ano em que o concurso foi lançado mais precocemente em relação ao final da especialidade”, realçou, reiterando o que disse na cerimónia sobre “a disponibilidade do Ministério da Saúde para abrir concursos, fazer contratações em todos os sítios onde forem necessárias assim haja profissionais disponíveis”, ser “um sinal político” muito importante para os jovens profissionais que ficam com “a certeza absoluta de que o Serviço Nacional de Saúde está de braços abertos para os acolher” e para as populações e para os autarcas.
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