“É um professor. Não há dúvidas sobre isso. O que vamos clarificar são as competências do diretor. Não existe [atualmente] um estatuto do diretor [mas] dada a importância que [esta figura] tem será sempre um professor. Não haja dúvidas sobre isso”, disse Fernando Alexandre no Porto, onde visitou o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) para conhecer o projeto Teaming Centre of Excellence in Ocean Research and Engineering.
O ministro da Educação não avançou datas mas disse estar a trabalhar na criação do Estatuto do Diretor.
“É uma das nossas prioridades. Temos de clarificar o que são as competências e as dimensões dentro do Ministério, nas autarquias – com as quais estamos a trabalhar e vai haver novidades ainda antes do ano letivo – e também dentro da própria escola”, referiu.
Confrontado com os receios já tornados públicos por responsáveis de instituições do setor sobre a possibilidade de o diretor de uma escola passar a ser alguém de fora da área, Fernando Alexandre disse que “o diretor é um gestor da escola”, mas reiterou que “os diretores das escolas serão sempre professores”, adiantando que o estatuto falará das “competências, da autonomia".
"E quem tem mais autonomia também terá mais prestação de contas”, concluiu.
Sobre a visita ao INESC TEC, Fernando Alexandre elogiou o “centro de investigação de referência a nível internacional” e particularizou o trabalho “de excelência na área da engenharia oceânica”.
“Portugal é mar e o mar tem um papel importante ambiental, mas também tem um potencial económico muito grande mas que só pode ser explorado com cuidado e atenção à sustentabilidade ambiental (…). Portugal tem de saber como aproveitar os recursos sem por em causa o equilíbrio ambiental”, disse.
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