Até 24 de julho, deve ser apresentado um conjunto de propostas para "ajudar Minneapolis a adotar um novo modelo para garantir a segurança pública", disse o conselho da cidade, depois de ter sido aprovada por unanimidade a necessidade de se criar um "novo modelo" de segurança pública.
Os responsáveis pela redação dessas propostas incluirão membros da polícia, além de especialistas em direitos civis, igualdade e relações internacionais.
No entanto, o departamento da polícia atual não desaparecerá tão cedo, uma vez que o processo está previsto para durar um ano.
Os legisladores municipais anunciaram no domingo passado a sua disposição para desmantelar a atual força policial, acusada de ser "estruturalmente racista" após a morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos que foi sufocado enquanto era imobilizado por um policia, que colocou o joelho sobre o seu pescoço durante quase nove minutos.
O vídeo da imobilização de Floyd, partilhado nas redes sociais, causou a maior onda de protestos em décadas nos Estados Unidos. E a raiva contra o racismo e a brutalidade policial espalhou-se pelo resto do mundo. Como resultado dos protestos, o polícia que matou Floyd, Derek Chauvin foi acusado de assassinato em segundo grau (intencional, mas não premeditado), depois de inicialmente apenas ter sido acusado de assassinato em terceiro grau (involuntário).
Para o município, esta decisão mostra o "compromisso partilhado de promover uma profunda mudança" na segurança pública de Minneapolis", para que cada membro" da comunidade "possa sentir-se realmente seguro", disse a presidente do Conselho da cidade, Lisa Bender.
Vários legisladores municipais pediram que o desmantelamento da polícia fosse a votação, no dia 3 de novembro.
Na sua resolução, o conselho lembrou que Floyd se junta a uma "longa e trágica lista" de vítimas de violência policial em Minneapolis. A sua morte é "uma tragédia que mostra que nenhuma reforma impedirá a violência e o abuso por parte de alguns agentes dos serviços policiais contra os membros da nossa comunidade, especialmente negros e pessoas não brancas", acrescentou.
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