A maioria dos negócios afetados situa-se na ilha do Ibo com um total de 31 locais a registar danos, de acordo com o levantamento divulgado na noite de sexta-feira, em Pemba.
A ilha e os distritos de Quissanga e Macomia foram atingidos pelo centro do ciclone, que fez deles o corredor de destruição ao chegar ao continente.
O Ibo foi local de implantação de uma fortaleza pelos portugueses no século XVIII – que hoje serve de centro de acolhimento a desalojados – e foi a primeira capital de Cabo Delgado até ao início do século XX ainda durante o período colonial.
É um local que recebe turistas de vários pontos do globo.
O levantamento divulgado contabiliza ainda prejuízos para 363 artesãos da região, a maioria em Pemba, capital provincial que apesar de escapar aos ventos destruidores do ciclone sofreu com inundações nos dias seguintes.
Há ainda danos para grupos culturais cujas atividades de dança, música e teatro costumam integrar cerca de 800 pessoas na província.
O ciclone Kenneth foi o primeiro a atingir o norte de Moçambique e foi classificado com um grau de destruição de categoria quatro (numa escala de um a cinco, do mais fraco ao mais forte).
A tempestade matou 41 pessoas, segundo o levantamento provisório das autoridades, e afetou cerca de 241.000 pessoas.
Moçambique foi pela primeira vez atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa (de novembro a abril), depois de em março o ciclone Idai, de categoria três, ter atingido o cento de Moçambique onde provocou 603 mortos.
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