"Este compromisso político de boa cooperação é essencial", referiu, após um encontro com a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Manuela Lucas.
O assunto foi igualmente abordado na terça-feira num encontro entre José Luís Carneiro e a vice-ministra do Interior, Helena Kida, que prometeu também cooperação.
As autoridades moçambicanas nunca aceitaram as ofertas de apoio policial português para investigar o caso.
Questionado hoje sobre se havia algum esclarecimento sobre esse aspeto, José Luís Carneiro respondeu que a cooperação política prometida é relevante.
"O que importa relevar é a vontade política de cooperar" para, "em função de dados que sejam considerados essenciais, as investigações possam ser realizadas na sua plenitude", disse.
Das autoridades políticas com que se reuniu, obteve "o compromisso de total empenhamento para acompanharem o Governo português na sua dimensão de apoio e proteção consular", aquela em que "o Estado português pode atuar".
Uma ação que consiste "em garantir todo o apoio às diligências que a família tem de desenvolver junto das autoridades".
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas realiza desde terça e até sexta-feira uma visita a Moçambique para contactos com emigrantes e autoridades do país lusófono.
Nos últimos dois dias de agenda, José Luís Carneiro vai visitar a cidade da Beira, zona onde estão sedeados os negócios de Américo Sebastião.
Apesar de não haver nenhum agendamento nem solicitação por parte de algum familiar ou associado ali residente, o governante mostrou-se disponível para eventuais encontros.
A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Manuela Lucas, referiu que "as forças de defesa e justiça estão a trabalhar no terreno", mas sem avanços.
"Estamos todos preocupados e a fazer o seguimento deste assunto", disse, quando questionada por jornalistas, à saída do encontro com José Luís Carneiro.
Américo Sebastião foi raptado a 29 de junho de 2016 em Nhamapadza, distrito de Maríngué, província de Sofala, centro de Moçambique.
O empresário agrícola e madeireiro foi raptado por desconhecidos que o levaram numa viatura, quando se encontrava numa estação de serviço, numa altura em que a zona era palco de confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
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