“Para nós, a melhor [localização] seria a Ota. Não sendo a Ota, que seja o Montijo, mas que seja tomada a decisão de uma vez por todas e que se avance rapidamente na construção do novo aeroporto”, afirmou à agência Lusa Pedro Folgado, presidente da Câmara de Alenquer e da Comunidade Intermunicipal do Oeste.
O autarca enfatizou que o atual aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, “está esgotado” e “há cada vez mais reclamações que, com o crescimento do turismo, não fazem sentido”.
O autarca reclamou pelas compensações prometidas à região, no ‘Plano de Ação do Oeste’.
“Deveríamos ter sido beneficiados por tantos anos de indefinição e nunca o fomos, porque todas as intenções [de investimentos] nunca foram implementadas”, retorquiu Pedro Folgado, para quem o que se passou foi “lamentável”.
A localização do Aeroporto Internacional de Lisboa na Ota esteve prevista pelo Governo entre a década de 1960 e 2008, tendo a discussão em torno da infraestrutura aeroportuária estado mais acesa durante os Governos de António Guterres e José Sócrates.
Em janeiro de 2008, o Governo chefiado por José Sócrates abandonou a opção pela Ota e optou por Alcochete, após um estudo coordenado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que indicava como mais favorável a localização do Campo de Tiro de Alcochete.
Dezasseis câmaras municipais da zona Oeste e da Lezíria assinaram o chamado Plano de Ação do Oeste, que contemplava investimentos na ordem dos 2,1 mil milhões de euros até 2017, para compensar os municípios pela deslocalização do futuro aeroporto de Lisboa da zona da Ota (Alenquer) para o campo de Tiro de Alcochete.
O acordo foi assinado com os doze municípios do Oeste (Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras) e mais quatro da Lezíria do Tejo (Santarém, Cartaxo, Azambuja, Rio Maior).
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