O autor de “Os Lusíadas” terá nascido em Lisboa, em 1524, e era membro de um ramo dos Camões que, vindos da Galiza no século XIV, se radicaram depois na zona de Coimbra.
Em 1881, para assinalar os 300 anos da morte de Camões, estudantes da UC custearam um monumento em homenagem ao poeta que ficou instalado próximo da Porta Férrea.
Essa parte da Alta foi depois demolida, em meados do século XX, para construir os novos edifícios da Universidade e a obra de arte de António Augusto Gonçalves, da qual fazem parte um leão e uma coroa de louros em bronze, teve de ser desmanchada e removida do local, em 1948.
Mais de 40 anos depois, em 1983, foi reinstalada, desta vez junto à mata do Jardim do Botânico, quando a Câmara de Coimbra tinha como presidente o independente Mendes Silva, eleito pelo PS.
Em 2005, com o executivo municipal liderado por Carlos Encarnação, do PSD, o monumento foi deslocalizado para a avenida Sá da Bandeira, junto ao Mercado D. Pedro V.
Em 2012, estava João Paulo Barbosa de Melo, do PSD, na presidência, a Câmara recuperou e trasladou para a praceta Luís de Camões, perto da Casa-Museu Miguel Torga, um conjunto escultórico que estava a degradar-se num espaço privado adjacente ao antigo Colégio Camões, edifício que acolheu durante décadas o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC).
Um terceiro monumento a Luís de Camões foi projetado pelo arquiteto Luís Cristino da Silva, em 1957, para ser implantado em Coimbra, na rua Larga.
Seria um pórtico para marcar a entrada nesta via histórica de acesso à Universidade. Mas a obra nunca passou do papel, apesar de o esboceto do monumento ter sido aprovado pelo Senado da Universidade.
Acautelado pelo Arquivo da Universidade, o projeto, a que a agência Lusa teve acesso, incluía um pórtico a ligar as faculdades de Medicina e Ciências e Tecnologia, sob o qual seriam instaladas as estátuas de Luís de Camões e de Pedro Nunes.
Em 2010, os donos da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, onde Inês de Castro foi assassinada, segundo a lenda, construíram o anfiteatro Colina de Camões, concebido pela arquiteta paisagista Cristina Castel-Branco.
Estava a linda Inês “posta em sossego”, antes de ser executada às ordens do rei Afonso IV. Ali ao lado, continuam a correr as águas do rio Mondego, ora serenas, ora tumultuosas.
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