De acordo com o portal de notícias de entretenimento TMZ e o jornal New York Times, Rowlands, que sofria há cinco anos de Alzheimer, uma doença cognitiva degenerativa sem cura, morreu na quarta-feira na Califórnia (sudoeste).

Rowlands destacou-se como musa do marido, o realizador John Cassavetes (1929-1989), incluindo em filmes como “Uma Mulher sob Influência” (1974) e “Glória” (1980), que lhe valeram duas nomeações para o Óscar de Melhor Atriz.

Fora do sistema dos grandes estúdios, o casal criou em 10 películas independentes retratos da classe trabalhadora.

Cassavetes “tinha um interesse particularmente simpático pelas mulheres e pelos seus problemas na sociedade, como eram tratadas e como resolviam e superavam o que precisavam, por isso todos os seus filmes têm algumas mulheres interessantes”, disse Rowlands à agência de notícias Associated Press em 2015.

A atriz conquistou dois Globos de Ouro, um prémio Daytime Emmy e três Primetime Emmy, incluindo pelo filme para televisão “Hysterical Blindness” (2022), da realizadora indiana Mira Nair.

Rowlands colaborou ainda com o realizador Woody Allen no drama “A Outra” (1988) e despertou a atenção de uma nova geração de espetadores no filme “O Diário da Nossa Paixão” (2004), realizado pelo filho, Nick Cassavetes.

Em 2011, a atriz regressou ao cinema em “Olive”, a primeira longa-metragem filmada inteiramente com um telemóvel, e a última aparição num filme foi em 2014, em “Six Dance Lessons in Six Weeks”.

Um ano depois, Rowlands recebeu um Óscar honorário em 2015 em reconhecimento da carreira e herança em Hollywood. “Sabem o que é maravilhoso em ser atriz? Não se vive apenas uma vida. Vive-se muitas vidas”, disse a atriz, no discurso.