José Queirós nasceu no Porto, em 1951, e foi um membro particularmente ativo na conceção e do jornal Público, tendo integrado, em 1990, a direção fundadora do diário e assumindo, nos primeiros anos do diário, a responsabilidade do caderno Local Porto.
Voltaria a assumir um cargo de direção (diretor-adjunto) no fim da década de 90, sempre a partir do Porto, onde se estreou como estagiário no diário O Primeiro de Janeiro, em 1977.
Na década de 80, José Queirós foi responsável por organizar a delegação do Porto do jornal Expresso.
Em 2002, Queirós integrou, como chefe de redação, o Jornal de Notícias, de onde saiu em 2008.
Dois anos mais tarde, regressaria ao Público como provedor do leitor, “de longe o mais consensual e o melhor”, segundo descreveu à Lusa o atual diretor do jornal, Manuel Carvalho.
“Expunha as falhas com uma clareza que nenhum jornalista tinha capacidade de rebater”, observou.
Na sua última crónica como Provedor do Leitor, a 24 de fevereiro de 2012, defendia que devia “ser atribuída ao jornalismo de investigação uma prioridade editorial”, especificando estar a referir-se a um “trabalho de investigação original, independente, minucioso, eticamente sustentado e determinado pelo interesse público”.
Defendia, então, um jornalismo que não fosse o “dos recados e das suspeições ou acusações inconsequentes e não verificadas”, que “deturpam a nobreza” do jornalismo, “para gáudio de todos os populismos”.
O corpo de José Queirós estará hoje em câmara-ardente no Tanatório de Matosinhos e o funeral realiza-se no sábado, às 14:00.
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