"Os resultados dos estudos toxicológicos, já informados à família, revelaram que, nos momentos anteriores à sua morte e no período de pelo menos as últimas 72 horas, Payne só apresentava  no corpo vestígios de um consumo múltiplo de álcool, cocaína e um antidepressivo prescrito", diz a nota, publicada pelo Ministério Público.

O MP analisou depoimentos, gravações em vídeo, mensagens, documentos, faturas, redes sociais e comunicações, e confirmou pelo menos quatro fornecimentos de substâncias ilícitas por terceiros entre os dias 13 e 16 de outubro, data da tragédia.

O MP detalhou ainda que "foram descobertas condutas ilícitas a partir das quais três pessoas foram indiciadas", mas sem divulgar nomes. Uma delas é a pessoa que acompanhava Payne diariamente, durante sua estadia em Buenos Aires.

O segundo acusado é um funcionário do hotel que, segundo o MP, "deve responder por dois fornecimentos comprovados de cocaína a Liam Payne" no período em que ele estava no estabelecimento, enquanto o terceiro é outro fornecedor de drogas que foi "indiciado por dois outros fornecimentos claramente verificados em dois momentos diferentes do dia 14 de outubro".

O promotor Andrés Madrea considerou que "mesmo com as provas contundentes obtidas até o momento (...) a investigação deve continuar" e destacou que "ainda está em andamento o desbloqueio do notebook pessoal da vítima — que está danificado — e de outros dispositivos apreendidos".

O antigo membro da banda One Direction morreu aos 31 anos por "traumas múltiplos" e "hemorragia interna e externa", após cair da varanda de seu quarto no terceiro andar do hotel Casa Sur, no bairro de Palermo.