O vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyansky, disse hoje que o Reino Unido é obrigado a permitir o acesso a ambos, nos termos da Convenção de Viena, para determinar se estão vivos e querem ou precisam da ajuda de Moscovo.
De outro modo, Londres poderá ser acusada de “detenção forçada ou mesmo rapto de dois cidadãos russos”, acrescentou o diplomata junto das Nações Unidas.
Polyansky criticou também a recusa britânica de fornecer provas sobre a sua acusação de que Moscovo foi responsável pela tentativa de homicídio de Sergei Skripal, de 66 anos, e da filha Yulia, de 33 anos, a 04 de março de 2018, há exatamente um ano, na localidade inglesa de Salisbury, por envenenamento com um agente neurotóxico de nível militar conhecido como “Novitchok”.
A polícia britânica, cuja investigação está ainda em curso, identificou dois suspeitos, Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, membros da agência de informações russa GRU, depois de ter reconstituído os seus movimentos, desde a chegada a Londres e estada num hotel até a misteriosas viagens a Salisbury.
O incidente, no qual a Rússia nega qualquer responsabilidade, desencadeou a expulsão por Londres de 23 diplomatas russos identificados como agentes secretos russos não declarados, ação que 28 países aliados e a NATO replicaram, em solidariedade, expulsando um total de mais de 150 elementos de agências de informações russas.
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