A reunião entre o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) vai decorrer pelas 15:00 na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), confirmou a mesma fonte.
A notícia foi hoje avançada pelo jornal ‘online’ Eco.
O SNMMP anunciou na quarta-feira ter entregado um novo pré-aviso de greve para o período compreendido entre os dias 07 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins de semana e trabalho extraordinário.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, disse quarta-feira que os serviços do ministério iriam avaliar o novo pré-aviso de greve dos motoristas e verificar a necessidade de serem tomadas medidas, mas sublinhou que o cenário é agora distinto da paralisação anterior.
"As greves têm sempre impacto", mas "agora estamos a falar de um pedido de natureza diferente", referiu à Lusa o ministro Vieira da Silva, precisando que o pré-aviso seria avaliado com os parceiros (sindicato e entidade empregadora) e seriam tomadas “as decisões que forem necessárias de serem tomadas".
O mediador do SNMMP, Bruno Fialho, também disse na quarta-feira que as partes do conflito laboral "cada vez se estão a aproximar mais".
"Considero que ainda é possível encontrarmos uma solução para este diferendo. As partes cada vez se estão a aproximar mais e a minha presença é nesse sentido", disse aos jornalistas, à margem de uma reunião do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, do qual é vice-presidente, com o Governo.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, dia 18, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias desvinculou-se da greve ao quarto dia, na quinta-feira à noite, e vai regressar às negociações com o patronato em 12 de setembro.
Entre os considerandos para a convocação da greve “cirúrgica” agora decidida pelo SNMMP está a exigência do pagamento “das horas extraordinárias acima das nove horas e meia de trabalho diário” e que as mesmas “sejam pagas de acordo com o que se encontra tipificado na lei”.
Os motoristas de matérias perigosas exigem ainda “um aumento do subsídio não inferior a 50 euros”, para pôr fim à greve ao trabalho suplementar.
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