“A moeda única deve ser submetida a um referendo popular, com o objetivo de que os cidadãos decidam sobre a permanência ou não de Itália dentro da zona euro”, escreveu Grillo.
O fundador do M5S redigiu um extenso artigo em que enumerou os pontos por que o seu grupo “continuará a bater-se na Europa, para Itália”, entre os quais está uma parte intitulada “o M5S critica fortemente o papel da moeda única”.
Segundo Grillo, ficou demonstrado nos últimos anos que “o euro é um sistema de Governo em que o poder estabelecido tem a democracia em xeque-mate”.
“É um instrumento de controlo que está nas mãos do Banco Central Europeu (BCE)”, que asfixia “as economias do Mediterrâneo, entre as quais a italiana”, frisou.
O dirigente do movimento político, que desde o início se declarou anti-euro e, em algumas questões, eurocético, dedica também outro capítulo à Rússia, para sustentar que o país “é um parceiro económico e um aliado contra o terrorismo, não um inimigo”.
“O M5S lutou e continua a lutar pela supressão imediata das sanções à Rússia”, escreveu.
A formação italiana votou na segunda-feira a favor de uma mudança de grupo no Parlamento Europeu (PE), passando do da Europa da Liberdade e da Democracia Direta (EFDD) para a Aliança dos Liberais e Democratas para a Europa (ALDE), um plano que não se concretizou porque a ALDE desistiu de a acolher nas suas fileiras.
O problema resolveu-se hoje, depois de o M5S e o EFDD terem ultrapassado as suas divergências, noticiou a imprensa italiana.
Nas últimas eleições autárquicas, realizadas em junho, o M5S conseguiu um bom resultado, conquistando as câmaras de cidades como Roma e Turim, anteriormente nas mãos do partido no poder, o Partido Democrata (PD) do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi.
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