Os manifestantes juntaram-se ao início da tarde no Terreiro do Paço e dirigiram-se para a Assembleia da República, onde permaneceram concentrados, vigiados por elementos policiais.
Pelo caminho, exibiram cartazes onde se lia "Acorda Povo", "Corrupção=prisão", "Aumento de salário mínimo", "Contra o pacto de imigração".
Cantaram ainda o hino nacional e explicarem, com a ajuda de um megafone, as razões que os levaram a protestar.
Micaela gritou as palavras de ordem durante o desfile e preferiu não dizer o sobrenome por questões "de privacidade".
No entanto, sintetizou as razões que a levaram ao protesto.
"Queremos menos interferência do Estado na forma de uma redução fiscal drástica. Pagamos imensos impostos. Estamos sobrecarregados de impostos. Queremos também menor interferência da União Europeia (UE) na nossa produção nacional", disse.
A representante dos "coletes amarelos" justificou que os manifestantes estão "poucos, mas bons" e que escolheram o dia da liberdade para o protesto porque "o 25 de Abril está ainda incompleto".
A porta-voz disse ainda que "exigem um combate eficaz à corrupção, com penas penais pesadas, muito maiores do que 25 anos, e também a confiscação de bens privados".
A representante dos "coletes amarelos" considerou ainda que o primeiro-ministro, António Costa, é "traidor", que "vendeu a alma ao diabo".
"Este primeiro-ministro não foi eleito pelo povo. A maioria do povo não votou nele", acrescentou Micaela.
Os "coletes amarelos" pretendem ainda a aprovação em Portugal de um referendo "de iniciativa dos cidadãos" que "devolva o poder ao povo e permita ao povo criar leis, revogar leis, demitir políticos e alterar a Constituição portuguesa".
Estiveram no protesto representantes do movimento "Coletes Amarelos Portugal", "União Coletes Amarelos Portugal" e "Gente que Exige Justiça".
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