"No seguimento das mudanças nas regulamentações inerentes às viagens para Cuba pelo Governo dos Estados Unidos da América, que suprimem a partir de 05 de junho a autorização prévia de cruzeiros com partida dos EUA para Cuba, a MSC Cruzeiros vai proceder de imediato à modificação de todos os seus itinerários previamente programados com escala no país", diz um comunicado emitido pela MSC Cruzeiros em Portugal.
Segundo a empresa, em resultado "destas significantes alterações na regulamentação e lei dos EUA, o MSC Armonia já não se encontra autorizado a realizar escalas no porto de Havana".
A escala no porto da capital cubana vai ser substituída, em alternativa, pelo porto de Key West, na Flórida, Costa Maya, no México, George Town, nas Ilhas Caimão ou Cozumel, no México.
O restante itinerário do MSC Armonia permanecerá inalterado.
Os viajantes atualmente a bordo do MSC Armonia e os seus agentes de viagens foram já informados de todas as ocorrências e foram-lhes oferecidas várias opções para os compensar pela alteração.
Os passageiros podem optar por receber 400 dólares de crédito a bordo, por camarote, e se não usarem todo o crédito durante o cruzeiro, receberão a diferença no momento do check-out do navio.
Todas as excursões previamente adquiridas para Havana, ou incluídas no bilhete de cruzeiro, também serão reembolsadas nas contas a bordo dos passageiros.
Os passageiros poderão ainda optar por alterar o navio e o itinerário e, nesse caso, a MSC Cruzeiros abdicará das taxas de cancelamento e transferirá os fundos já pagos para uma nova reserva.
Segundo a Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA), a decisão do Governo dos Estados Unidos de proibir viagens culturais e educacionais em grupo a Cuba pôs em causa cerca de 800 mil reservas de cruzeiros.
Na terça-feira, os Estados Unidos impuseram novas sanções contra Cuba proibindo, para além de viagens culturais e educacionais em grupo para a ilha, a exportação de barcos e aviões privados e comerciais.
Os Estados Unidos, que acusam as autoridades cubanas de apoiar os regimes de Nicolás Maduro na Venezuela e Daniel Ortega na Nicarágua, aumentaram em abril a sua lista negra de empresas cubanas que não podem beneficiar de transações financeiras diretas dos EUA, incluindo um ramo do exército cubano dedicado ao turismo, chamado Gaviota.
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