No relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária de setembro, a ANSR avança que também aumentaram, nos dez primeiros meses do ano, as infrações por não uso das cadeirinhas para crianças (36,6%) e do cinto de segurança (18,8%), bem como pela utilização do telemóvel durante a condução (11,2%).
Segundo a ANSR, foram apanhados a conduzir com telemóvel 19.650 condutores nos primeiros nove meses do ano, contra os 17.675 até setembro de 2020, e registadas 16.538 infrações por não uso do cinto de segurança (13.921 em 2020) e 1.754 por não uso de sistemas de retenção para crianças (1.284 em 2020).
O documento precisa que, entre janeiro e setembro, foram multados 44.512 condutores por falta de inspeção obrigatória, enquanto no mesmo período de 2020 tinham sido detetadas 24.271 contraordenações.
Em contrapartida, as autoridades registaram uma diminuição de 14,4% das infrações por excesso de velocidade e 7,1% nas transgressões por consumo de álcool acima do limite legal.
Apesar da diminuição, os autos por excesso de velocidade representaram a maioria das infrações registadas, tendo sido, até setembro, contabilizadas 530.818 contraordenações, contra as 620.267 no mesmo mês de 2020.
Por excesso de álcool, a PSP e GNR registaram 13.601 infrações, enquanto no mesmo período do ano passado tinham sido apanhados 14.648 condutores.
O relatório indica que, entre janeiro e setembro, foram fiscalizados 88,1 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, um aumento de 0,3% em relação ao mesmo período de 2020.
“A GNR registou uma diminuição de 4,9% no número de veículos fiscalizados, ao contrário da PSP com um aumento de 5,5%. Por sua vez, o sistema de radares SINCRO gerido pela ANSR registou uma ligeira redução (-0,2%)”, precisa o documento.
De acordo com a ANSR, foram detetadas 875,2 mil infrações nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma diminuição de 9,3% face ao período homólogo de 2020.
O mesmo documento precisa que a taxa de infração (número de infrações/número de veículos fiscalizados) foi de 0,99%, uma redução de 9,6% face à taxa de 1,10% registada em 2020.
A criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, aumentou 21% entre janeiro e setembro de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020, atingindo 18,3 mil condutores.
O relatório indica que 44,4% das detenções se deveu à falta de habilitação legal para conduzir, com um aumento de 33,9% destes casos, comparativamente ao verificado entre janeiro e setembro de 2020.
A ANSR refere ainda que o número de condutores que perdeu pontos na carta de condução foi 273,9 mil, até setembro deste ano, desde a entrada em vigor do sistema de carta por pontos, em junho de 2016, 1.715 automobilistas ficaram com o seu título de condução cassado.
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