Em declarações à agência Lusa, Pedro Moreira não quis adiantar pormenores do projeto, pois está “ainda a trabalhar no processo”, todavia adiantou que o Museu será aumentado em mais 40% e terá “um novo discurso expositivo”.
Localizado no bairro de Alfama, o Museu do Fado, “não encerrando na totalidade, pode encerrar na parcialidade”, estando a ampliação a cargo do ateliê de arquitetura Santa-Rita.
A ampliação é “um ensejo de longa data do executivo” municipal, a que se junta “a vontade do presidente da Câmara”, Carlos Moedas, e visa “valorizar a alma lisboeta e do próprio património”, disse Pedro Moreira à Lusa.
“Pretende-se dar uma ampliação ao Museu do Fado, que já precisava e, ao mesmo tempo, um novo discurso museográfico”, reforçou.
Não há ainda uma data concreta para o início das obras, apenas foi feito “o lançamento do procedimento para que o arquiteto [João] Santa-Rita possa iniciar trabalhos com uma equipa pluridisciplinar e com a diretora do Museu, Sara Pereira”.
Quanto à ampliação em área, o responsável não avançou qualquer número. “Ainda estamos a estudar. O que sabemos é que, possivelmente, iremos acrescentar pelo menos mais 40%. Neste momento a equipa pluridisciplinar está ainda a aferir todos os elementos e os desafios que são lançados com esta ampliação”.
“O que procuramos é que o desenvolvimento do projeto crie condições para ampliar não só a área expositiva dando-lhe um outro discurso e um outro percurso, mas que possa facilitar áreas tão relevantes como é o serviço educativo”.
Pedro Moreira qualificou o projeto de “relevante para a identidade e a alma lisboeta tão bem representada pelo fado”, adiantando que será apresentado no próximo ano.
O responsável da EGEAC remeteu para mais tarde a confirmação do valor do orçamento da ampliação.
O Museu tem patente, até 25 de março, a exposição temporária “Imagens do Fado”, que “demonstra a inequívoca presença e o enraizamento do fado na nossa sociedade”, disse a sua diretora à Lusa.
João Santa-Rita é o mesmo arquiteto que transformou o edifício, uma estação elevatória de águas, em Museu, inaugurado em setembro de 1998.
O Padrão dos Descobrimentos, em Belém, que encerra a partir da próxima segunda-feira, é outro espaço cultural gerido pela EGEAC/Lisboa Cultura que vai ser requalificado. Ficará encerrado ao público até ao início março.
Um dos propósitos desta reabilitação, orçada em 150 mil euros, é reabilitar algumas salas e a área de acolhimento aos visitantes, adiantou Pedro Moreira.
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