“O momento também nos exige a todos os intervenientes que sejamos pacientes e quem soube esperar 50 anos por uma decisão relativamente à localização do novo aeroporto de Lisboa, acho que poderá ser paciente e esperar mais alguns meses”, disse Pedro Ângelo.
O responsável, que falava à agência Lusa à margem das conferências que decorreram no primeiro dia do Portugal Air Summit, em Ponte de Sor (Portalegre), defendeu que o trabalho desenvolvido no último ano em relação à localização do novo aeroporto deverá ser aproveitado.
“Acho que aquilo que deve ser feito é não desaproveitar nem desmerecer o trabalho que foi feito ao longo do último ano”, defendeu.
Pedro Ângelo, que diz estar em “processo de indigitação” como presidente da Navegação Aérea de Portugal – NAV Portugal, sublinhou que aquela entidade “é um bocadinho alheia” aos processos de decisão em relação à localização do novo aeroporto.
“Aquilo que nós temos feito é prestar todos os esclarecimentos e todo apoio e suporte técnico à comissão técnica independente que irá elaborar tanto quanto sabemos até ao final deste ano o relatório final sobre as diferentes operações estratégicas. Aquilo que nós fizemos foi avaliar as mesmas, vantagens e inconvenientes em cada uma delas e submetemos a nossa análise à comissão técnica independente”, disse.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje que irá dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas para 10 de março de 2024, mas só publicará o decreto depois da aprovação final global do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), marcada para 29 de novembro, que tem aprovação garantida devido à maioria absoluta do PS.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a demissão ao Presidente da República.
António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e o ‘data center’ de Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.
No dia da demissão, António Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável” e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça.
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