Findo o prazo, em 30 de novembro, para a apresentação de propostas no âmbito do concurso público internacional para o projeto e construção do navio multifunções’, a Marinha refere que nenhuma proposta foi submetida.
“O concurso limitado por prévia qualificação para o navio multipropósito teve início no dia 20 de junho de 2022. Apresentaram-se à fase de qualificação dois candidatos, sendo que um foi qualificado mas não chegou, contudo, a apresentar proposta”, refere a Marinha numa nota enviada à agência Lusa.
Apesar disso, aquele ramo das Forças Armadas salienta que “o projeto contemplava este possível cenário e por isso estão previstas opções jurídicas que serão exploradas no sentido de prosseguir este importante projeto com vista à sua concretização”, sem contudo precisar quais são essas opções.
Apresentado em junho de 2022, o navio multifunções da Marinha — cujo conceito foi desenvolvido pelo atual chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo — pretende ser uma “plataforma do futuro” e sinal de uma “Marinha tecnologicamente avançada”.
“Este navio, idealizado sob um novo conceito de operação, representará uma grande aposta na inovação através da utilização de uma nova tecnologia, de sistemas digitais de alto desempenho, de ‘Big Data’, de ‘Digital Twin’ e de Inteligência Artificial, com recurso a sistemas robóticos/não tripulados aéreos, de superfície e de subsuperfície”, lê-se no ‘site’ da Marinha.
O projeto em questão está orçado em 110 milhões de euros, foi aprovado pelo Governo e deverá ser inteiramente financiado através das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português.
Segundo o jornal Diário de Notícias, estava previsto que a construção do navio ocorresse entre 2023 e 2025, sendo 2026 “o ano das garantias”.
Na nota enviada à agência Lusa, a Marinha sublinha que “o navio multipropósito contribuirá para o conhecimento, preservação e exploração sustentada do oceano, para o apoio direto a populações em resposta a crises e para o reforço da capacidade operacional e científica do país, em particular para o mapeamento e proteção dos recursos vivos e não vivos”.
A Marinha acrescenta ainda que o navio servirá também “para a vigilância e fiscalização marítima, a busca e salvamento marítimo e a resposta a acidentes marítimos, recorrendo, maioritariamente, a Veículos Não Tripulados (VENT) para a execução das suas tarefas”.
Comentários