Em declarações à Lusa, o comandante Caetano Silveira, responsável pela cooperação portuguesa da área da Marinha em Angola, explicou que a embarcação foi avistada na sexta-feira à noite e encontrava-se “sem propulsão”, devido a uma avaria dos motores.
Os pescadores tinham saído de Luanda há dez dias e encontravam-se à deriva há cinco dias e já sem comida nem água.
“Foi encontrado por acaso”, afirmou o responsável da Marinha, acrescentando que o barco não tinha meios para pedir socorro e encontrava-se fora das linhas de navegação habituais, a cerca de 120 quilómetros da costa angolana.
Trata-se de uma embarcação de pesca “muito rudimentar” e em “mau estado” com cerca de seis metros, referiu.
O navio da Marinha Portuguesa permaneceu junto ao barco durante toda a noite e reavaliou a situação esta manhã, concluindo-se que não era possível fazer a reparação do motor.
“A opção era procurar alternativas que fossem lá rebocar”, o que não aconteceu, pelo que está agora a ser feita pelo “Setúbal”, depois de o Comando Naval ter autorizado o reboque.
Segundo Caetano Silveira, foi solicitado à capitania do Porto do Soyo “que crie condições para finalizar a operação de reboque”, que começou pelas 11:30 locais (mesma hora em Lisboa) e vai durar nove a dez horas.
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