“Tal como o EI foi esmagado, o Hamas será esmagado. E o Hamas deve ser tratado exatamente da mesma forma que o EI”, declarou Netanyahu numa conferência de imprensa após um encontro com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que se encontra de visita a Israel.
A propósito da visita de Blinken, o primeiro-ministro israelita afirmou tratar-se de um “exemplo tangível do apoio inequívoco dos Estados Unidos a Israel”.
“O Presidente [dos Estados Unidos, Joe] Biden estava absolutamente correto ao chamar a isto ‘maldade pura'”, disse Netanyahu, referindo-se ao ataque surpresa e sem precedentes do Hamas a Israel no sábado passado.
Perante os jornalistas, Blinken disse que veio a Israel “não apenas como secretário de Estado, mas também como judeu”, enquanto contava a história da sua própria família que sobreviveu ao Holocausto.
“Por isso, primeiro-ministro, compreendo, a nível pessoal, os ecos angustiantes que os massacres do Hamas têm para os judeus israelitas, bem como para os judeus de todo o mundo”, disse Blinken.
“A mensagem que trago comigo é a seguinte: Vocês podem ser suficientemente fortes para se defenderem sozinhos, mas enquanto os Estados Unidos existirem, nunca terão de o fazer”, afirmou.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada “Espadas de Ferro”.
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar “em guerra” com o grupo palestiniano.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como “grupo terrorista” pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.
Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.
Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,
Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.
Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, além do número de mortos de ambos os lados, cerca de 1.000 milicianos do Hamas foram abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde continuam os combates esporádicos, tendo cinco milicianos sido mortos na quarta-feira.
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