Num discurso em que sublinhou a importância de reforçar a segurança face aos “ataques híbridos” e outras ameaças, Ulf Kristersson explicou: “Não estamos em guerra, mas também não há paz. A verdadeira paz exige liberdade e a ausência de conflitos graves entre países”.

Hoje, “nós e os nossos vizinhos estamos expostos a ataques híbridos, levados a cabo não com robots e soldados, mas com computadores, dinheiro, desinformação e o risco de sabotagem”, afirmou numa conferência sobre Defesa, em Sälen, no oeste da Suécia.

Kristersson mencionou, em particular, a Rússia e a Bielorrússia, que “instrumentalizam os migrantes” contra a Finlândia e a Polónia, assim como a alegada interferência russa na Moldávia, Geórgia e Roménia.

O dirigente aludiu também aos incidentes no Mar Báltico, com várias infraestruturas submarinas danificadas de forma misteriosa.

O primeiro-ministro sueco sublinhou que a Suécia não acusa ninguém de sabotagem sem ter “bases muito sólidas” para o fazer, mas que também não é “ingénua” e que a situação significa que não se pode excluir a existência de “intenções hostis” por detrás dos incidentes.

O líder do país escandinavo, que aderiu à NATO em março do ano passado, sublinhou que não se pode excluir a necessidade de “expandir a defesa sueca” para além do atual investimento de 2,4% do PIB.

“É uma questão de prioridades, a Suécia contribuirá com um máximo de três navios de guerra para um esforço da NATO no sentido de aumentar a presença da aliança no Mar Báltico”, tentando proteger-se contra a sabotagem de infraestruturas, referiu

As forças armadas suecas também contribuirão com um avião de vigilância ASC 890 e a guarda costeira do país com quatro navios para ajudar a monitorizar o Báltico.

A Suécia tornou-se no 32.º membro da aliança militar ocidental em março, seguindo a adesão da vizinha Finlândia depois de a Rússia ter lançado a sua invasão em grande escala da Ucrânia

Segundo o governo de Estocolmo, esta será a primeira vez que a Suécia, enquanto aliada da NATO, contribui com forças armadas para a defesa e dissuasão da aliança.