Os vidros partidos, espalhados no chão, com o reflexo da luz da lua, batizaram a noite de ‘Kristallnacht’, por causa do brilho dos cristais.
Para assinalar a data, a chanceler Angela Merkel vai visitar a maior sinagoga de Berlim, no bairro de Prenzlauer Berg, às 10:00 (09:00 em Lisboa), acompanhada do Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, onde discursará.
No mesmo dia assinalam-se, entre outros factos históricos, a queda do muro de Berlim (09 de novembro de 1989) ou a instauração da República (09 de novembro de 1918), mas não é feriado na Alemanha, nem estão previstas celebrações oficiais, devido à memória da “Noite de Cristal”.
O motivo para a violência de há 80 anos foi o assassínio de um diplomata alemão, em Paris, Ernst vom Rath, por um jovem judeu, de ascendência polaca, nascido na Alemanha.
Herschel Grynszpan queria vingar a família, expulsa da Alemanha no final de outubro, juntamente com outros 12 mil polacos.
Durante a “Noite de Cristal”, há 80 anos, quase uma centena de judeus foram espancados até à morte nas ruas e mais de 20 mil encaminhados para campos de concentração.
Foi o início da “solução final” levada a cabo pelo regime nazi de Adolfo Hitler.
Para assinalar o dia, hoje é inaugurada uma exposição conjunta da Fundação Memorial aos Judeus Mortos da Europa (ou Memorial do Holocausto) com o Museu Topografia do Terror, que mostra seis séries fotográficas, pouco conhecidas pelo público, tiradas durante o regime nazi.
De acordo com a página oficial do município de Berlim, nesta exposição, que vai estar patente até ao dia 03 de março de 2019, vai ser possível observar “a extensão da violência perpetrada pela população local em público”.
Comentários