A agência de notícias norueguesa Nettavisen referiu hoje que o centro comercial de Nordby, na Suécia, próximo da fronteira, cerca de 100 quilómetros ao sul de Oslo, estava repleto de noruegueses “desesperados” que tentam comprar ovos.
A loja de alimentos Maxi-Mat, localizada naquele centro comercial, ficou sem ovos na terça-feira e o supermercado Nordby teve que limitar o número de ovos a três pacotes de 20 unidades por família, informou o meio de comunicação.
Não só as lojas suecas estão mais abastecidas com ovos, um produto tradicional da Páscoa e necessário para a confeção de muitos pratos, mas o produto também tem um preço mais acessível na Suécia, indicou a Nettavisen.
Um pacote de 20 ovos na Suécia é vendido por um preço equivalente a 39,90 coroas norueguesas (3,40 euros), cerca de 30% menos que o preço na Noruega.
Devido a preocupações com a superprodução de ovos na Noruega, os agricultores acabaram por receber uma compensação para reduzir a produção, fator que, associado aos efeitos da gripe aviária, levou à escassez, segundo reportagens da imprensa local.
Os preços dos ovos estão a atingir máximos quase históricos em muitas partes do mundo à medida que a Páscoa se aproxima, refletindo um mercado afetado por doenças, uma elevada procura e custos crescentes para os agricultores.
Classificada frequentemente entre os países mais caros do mundo, a Noruega é conhecida pelo seu custo de vida elevado, especialmente em relação aos produtos alimentares e ao álcool, que são fortemente tributados mesmo quando comparados com países vizinhos.
Muitos residentes que vivem no sul da Noruega fazem regularmente viagens de compras para a Suécia, onde os produtos e serviços beneficiam de um imposto sobre o valor acrescentado (IVA) mais baixo, um fenómeno que evoluiu para um negócio lucrativo para os lojistas suecos.
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