A moeda “Miragaia longicollum”, da série “Dinossauros de Portugal”, vai ser distribuída pelas instituições de crédito, tesourarias do Banco de Portugal e lojas da Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Esta foi uma das dez moedas “comemorativas de eventos ou efemérides” que o Ministério das Finanças autorizou a INCM a cunhar e a comercializar para este ano, segundo uma portaria publicada no dia 10 em Diário da República.
A moeda, para a qual foi autorizada a emissão de 30 mil exemplares, tem cunhada, num dos lados, a imagem do fóssil do dinossauro em espiral, bem como o valor facial de cinco euros e o escudo nacional e as inscrições “Portugal” e “2023”.
Do outro lado, aparece cunhado o dinossauro em posição frontal, ao centro, o seu nome científico - “Miragaia longicollum” -, a representação do solo e de um arvoredo, a indicação da autora e a legenda “Casa da Moeda”.
“Miragaia longicollum” é uma espécie de estegossauro herbívoro do Jurássico Superior identificada na região da Lourinhã por paleontólogos do Museu da Lourinhã, da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade de Cambridge, um dos quais Octávio Mateus.
O crânio foi uma das partes encontradas do esqueleto, descoberto em 2001 em Miragaia, localidade daquele concelho. A espécie foi descrita como nova em 2009, por possuir pescoço comprido, com metro e meio de comprimento, e 17 vértebras cervicais.
A primeira moeda alusiva aos dinossauros, “Dinheirosaurus lourinhanensis”, com valor facial de cinco euros e 25 mil exemplares emitidos, entrou em circulação em setembro de 2021.
Em 1993, Isabel Mateus e Horácio Mateus encontraram, nas arribas da praia de Porto Dinheiro, vértebras e costelas de um dinossauro que foi apelidado de “Dinheirosaurus lourinhanensis’, a primeira descoberta paleontológica no concelho.
No mesmo ano, o casal descobriu nas arribas da praia de Paimogo um ninho de dinossauro carnívoro terópode, com uma centena de ovos com embriões, o único em toda a Europa e o segundo mais antigo em todo o mundo.
O esqueleto parcial desse dinossauro foi também encontrado no concelho, levando os cientistas a concluir que estavam perante uma nova espécie até então desconhecida, denominando-a “Lourinhanosaurus antunesi”.
Nesse mesmo ano, abriu ao público o Museu da Lourinhã.
O achado foi assinalado também com a emissão e entrada em circulação em junho de 2022 da moeda de coleção “Lourinhanosaurus antunesi”, com valor facial de cinco euros.
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