“Nós não temos linhas vermelhas nestas negociações. É inegável que queremos ver a carreira reformulada, bastante mais atrativa, para podermos atrair mais técnicos e também uma valorização salarial que permita ser cativante”, salientou aos jornalistas Rui Lázaro, após reunir-se com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
O dirigente afirmou que espera “chegar a um acordo global nas negociações”.
“Ao longo dos últimos anos, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi assegurando o seu serviço com horas extraordinárias, chegando ao ponto mesmo com as horas extraordinárias já não consegue garantir a operacionalidade nem de todos os meios de emergência médica, nem de todos os pontos de atendimento nas centrais de emergência e foi isso que nos trouxe ao estado atual”, lamentou.
Rui Lázaro, no entanto, referiu que “apesar dessa dependência, com o esforço que os TEPH têm feito através das horas extraordinárias”, depois de terem levantado a greve, “têm garantido uma resposta acima” do expectável.
“Só podemos desejar que as negociações decorram de forma positiva, que cheguemos a acordo para que possamos aguentar esta resposta próximo dos limites, até que entrem os novos TEPH, que nos permitem uma resposta diferente, não tão baseada nas horas extraordinárias”, sublinhou.
Em 7 de novembro, o STEPH decidiu suspender a greve às horas extraordinárias, iniciada em 30 de outubro, para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, depois de ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde.
A situação criou vários problemas no sistema de emergência pré-hospitalar.
Pelo menos 11 pessoas terão morrido na última semana em consequência dos atrasos no atendimento pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.
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