Dando uma primeira leitura no relatório, estes números não são fáceis de encontrar. É necessário entrar no Anexo 5 da secção "PT 5 – Análise Económico-Financeira e Análise Custo-Benefício" para ter acesso a estes valores.
Aí descobre-se uma tabela onde são detalhados os diferentes valores em todas as opções consideradas.
Ao observar a tabela, é fácil concluir que a opção que ficaria mais barata é Humberto Delgado + Montijo, num valor de 3,8 mil milhões de euros.
Como opções mais caras, destacam-se as localizações Campo de Tiro de Alcochete e Vendas Novas, com cada uma a custar mais de 9 mil milhões de euros: Alcochete (9,9 mil milhões de euros) e Vendas Novas (9,7 mil milhões). Mesmo sendo as mais caras, estes locais são também os escolhidos pela CTI como os dois melhores, sendo o Campo de Tiro de Alcochete o mais atrativo.
De seguida, surge a opção Santarém, que também tem um custo estimado acima de 9 mil milhões de euros (9,55 mil milhões), sendo a seguinte estabelecer um hub único no Montijo, que teria o custo de 8 mil milhões de euros.
No caso de uma opção dual, a mais cara seria Humberto Delgado + Alcochete, por 8,2 mil milhões de euros, seguida de Humberto Delgado + Vendas Novas, por 8,1 mil milhões, e Humberto Delgado + Santarém, por um valor semelhante.
A CTI destaca também quantos anos cada opção demoraria a ser construída, desta vez no anexo 6 da secção "PT 2 – Planeamento e Desenvolvimento Aeroportuário".
Aqui, a comissão conclui que a opção Humberto Delgado + Montijo seria a mais rápida, necessitando de seis anos (2029) para a primeira pista estar disponível.
Segue-se a opção Humberto Delgado + Alcochete, em sete anos (2030), e a opção Alcochete sozinha, que demora o mesmo número de anos.
A opção Santarém poderia demorar oito anos (2031).
Assim, analisando os cinco fatores críticos de decisão, Alcochete lidera em vários, nomeadamente segurança aeronáutica, acessibilidade e território, saúde humana e viabilidade ambiental, conectividade e desenvolvimento económico, investimento público e modelo de financiamento.
Já as opções Humberto Delgado + Montijo e apenas Montijo foram classificadas como "inviáveis para um 'hub' intercontinental" por razões aeronáuticas, ambientais e económico-financeiras, "devido à sua capacidade limitada para expandir a conectividade aérea".
Humberto Delgado + Santarém e Santarém como aeroporto único "não são opção por razões aeronáuticas (de navegação aérea)", apontou a CTI.
Sublinha-se que, ao anunciar os resultados da Comissão Técnica Independente, a presidente Maria do Rosário Partidário deixou uma certeza: "Todas a opções são financeiramente viáveis, não sendo necessário financiamento público para a construção do novo aeroporto”, sendo que a construção da infraestrutura poderá ser financiada com as receitas obtidas com as taxas aeroportuárias ou outras receitas operacionais. Assim, em todos os casos, prevê-se um retorno económico e financeiro positivo para Portugal, de acordo com o relatório.
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