Freitas, antigo ministro do ex-Presidente Jair Bolsonaro e considerado por muitos políticos como o seu potencial sucessor, disse na terça-feira estar orgulhoso dos agentes policiais envolvidos na operação, que deve terminar a 28 de agosto.
“Quem resolveu se entregar foi preso”, disse o governador ao ser questionado sobre o número de mortos em supostos confrontos com a polícia, a maioria na cidade de Guarujá, no sul do estado de São Paulo.
O portal de notícias brasileiro G1 disse que esta é já a operação policial mais mortífera no estado mais populoso e rico do Brasil desde 2006.
Horas antes, as autoridades locais informaram que a ação policial, chamada Operação Escudo, resultou na prisão de 32 pessoas, enquanto mais de 20 quilos de cocaína foram apreendidos, segundo o G1.
O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Flávio Dino, criticou a atuação da polícia e indicou que “houve uma reação imediata que não parece, no momento, ser proporcional ao crime cometido”.
A operação que envolve cerca de 600 agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil de São Paulo foi lançada após o assassínio do agente da Polícia Militar Patrick Bastos, de 30 anos, que foi morto numa favela de Guarujá enquanto fazia uma patrulha de rotina.
A operação levou à detenção de 10 pessoas, entre elas o suspeito de atirar contra Patrick Bastos, identificado como Erickson David da Silva, que teria ligação a um grupo de traficantes da região.
No domingo, o investigador de denúncias da polícia de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, referiu denúncias feitas por organizações de defensores dos direitos humanos e moradores do Guarujá sobre ameaças e torturas que teriam sido realizadas por agentes de segurança.
“Este Gabinete tomou conhecimento das denúncias, já instaurou um processo e tomou medidas contra as instituições do Estado e da sociedade civil. Estamos a refletir juntos sobre as formas de travarmos as violações que estão a ocorrer”, disse Aparecido da Silva.
Apesar da captura do suspeito e de outras nove pessoas, moradores do município disseram que os militares estão a torturar e a matar “todo mundo” e que prometeram matar mais 60 pessoas em várias favelas da cidade, segundo a imprensa local.
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