Em 2018, houve cerca de 37,8 milhões de voos, o que leva a uma média de um acidente fatal de avião a cada 2,52 milhões de voos.
O ano de 2017 foi o mais seguro para o transporte aéreo mundial desde 1946 e desde o início do registo de informações sobre acidentes na aviação. Nesse ano, contabilizaram-se dez acidentes com aeronaves de passageiros e 44 mortos.
Os dados de 2018 fazem deste ano o terceiro mais seguro de todos os tempos no número de acidentes fatais, e o nono no número de vítimas, de acordo com a ASN.
"Isso demonstra os enormes avanços realizados em matéria de segurança", declarou o diretor da ASN, Harro Ranter, citado no comunicado.
O responsável diz ainda que, se se tivesse mantido a taxa de acidentes do ano 2000 (número de acidentes em relação ao número total de voos), em vez de 15, teriam sido registados 64 acidentes fatais.
A perda de controlo das aeronaves continua a ser "um problema de segurança” muito preocupante. Este fator é responsável por pelo menos dez dos 25 acidentes mais graves nos últimos cinco anos, destacou a ASN.
Entre os acidentes com maior número de vítimas mortais de 2018, está o Boeing 737 da companhia Lion Air, que, em outubro, caiu em frente à costa indonésia, tendo feito 189 mortos. Em maio, em Cuba, um Boeing 737-201, operado pela companhia Cubana de Aviación e usado pela mexicana Global Air, caiu perto do aeroporto de Havana, fazendo 112 mortos.
Em março, um avião da companhia de Bangladesh US-Bangla Airlines caiu próximo do aeroporto de Katmandu, no Nepal, tendo morrido 51 pessoas.
Um avião da companhia Saratov Airlines teve um acidente, em fevereiro, pouco depois de descolar, em Moscovo, matando 65 passageiros e seis membros da tripulação. Nesse mesmo mês, um aparelho da companhia iraniana Aseman Airlines caiu no Irão. Os 66 passageiros e membros da tripulação morreram.
Com sede em Haia, a ASN faz parte da Flight Safety Foundation, uma associação sem fins lucrativos que trabalha, desde 1947, para melhorar a segurança no transporte aéreo.
Os dados apresentados reportam aos acidentes fatais com aeronaves de passageiros e de carga certificadas para transportar 14 ou mais passageiros. O número de mortos sobe para 917 em 25 acidentes, se forem incluídos também os voos militares.
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