O documento refere ainda que um total de 886.400 pessoas foram afetadas em oito províncias, havendo cerca de 213 centros de acolhimento em funcionamento.
“As restrições de acesso continuam em muitas partes afetadas do país incluindo na Zambézia, Tete e Sofala províncias, e a conectividade de última milha ainda é limitada a veículos com tração nas quatro rodas ou mesmo apenas via barco ou ar”, refere o PAM.
Segundo a agência das Nações Unidas, em sete das oito províncias afetadas o número de casos de cólera tem estado a aumentar, tendo sido registados mais de 10 mil casos
“Casos de cólera em ascensão também estão sendo relatados em centros de alojamento e, portanto, como medida preventiva medida para conter a propagação da doença o governo está fechando centros”, acrescenta-se no documento PAM, avançando que agencia prestou apoio alimentar a mais de 25 mil pessoas nos centros acolhimentos.
Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha a 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone, que teve o seu primeiro impacto a 24 de fevereiro e voltou a tocar terra no final há duas semanas.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Freddy pode ter quebrado o recorde de duração do furacão John, que durou 31 dias em 1994, embora os peritos da instituição não confirmem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.
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