O líder do CDS-PP começa o discurso a dizer que "a coligação de direita nos Açores alcançou uma grande vitória e ultrapassou a primeira força política".
Depois de avançar que "a AD cresceu mais do que qualquer outra força política", começa a tirar conclusões "a AD é um projeto de país, é um ativo que agrega e soma muito para além da realidade dos partidos". E continua "a esquerda, e em particular o PS, sofreram uma derrota muito significativa". O que, segundo Nuno Melo, serve para provar que "as sondagens não vencem eleições. Mas sim "os projetos políticos, as propostas, as ideias e os protagonistas".
A coligação PSD/CDS/PPM venceu hoje as eleições legislativas açorianas, mas ficou a três deputados da maioria absoluta, num sufrágio que deixou o parlamento regional com as mesmas oito forças políticas.
Nuno Melo realçou que a AD cresceu mais do que o somatório dos votos dos dois partidos nas últimas eleições de 2020 e mais do que qualquer outra força política, o que permite concluir que a coligação é um projeto para o país que agrega e soma muito para além da realidade dos partidos.
E com os olhos em 10 de março, diz que "estas eleições são um estímulo muito grande para o que vai acontecer", concluindo que "só concentrando os votos na AD é possível garantir uma alternativa que é credível, é estável, é experimentada, com quadros muitos capazes".
Depois das críticas ao PS, diz que "depois dos Açores, Portugal precisa de uma mudança". Explicando que essa mudança de cimentar a economia, dar coesão à sociedade, credibilidade às instituições democráticas. E aproveita o momento para deixar avisos aos que pensam votar no Chega, "a mudança em si mesma é incompatível com o protesto que é estéril". "O crescimento dos populismos só favorece o Partido Socialista". "Portugal precisa de estabilidade, muito mais do que de protestos".
De acordo com os dados provisórios disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação PSD/CDS/PPM, que governa a região desde 2020, conseguiu 42,08% dos votos e 26 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 57 deputados.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
Nas eleições regionais existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo regional de compensação, reunindo este os votos que não forem aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
Com Lusa
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