"Estou profundamente triste com este desfecho. Queria agradecer a todos os funcionários e fornecedores que colocaram as suas almas e corações neste negócio durante mais que uma década. Aprecio isso e sei o quão difícil isto é para os afetados", disse Oliver, citado pelo The Guardian.
O jornal inglês afirma que a gestão administrativa dos restaurantes no Reino Unido será assegurada pela KPMG.
No lote de restaurantes em risco de fechar estão 23 estabelecimentos do grupo Jamie's Italian, mais os restaurantes Fifteen e Barbecoa, especializado em bifes, localizado na zona central de Picadilly.
“Gostaria de agradecer a todos os clientes que apreciaram e nos apoiaram na última década, foi um verdadeiro prazer servir-vos. Lançámos o Jamie's Italian em 2008 com a intenção de romper com o mercado de refeições no Reino Unido, com um grande valor e ingredientes de maior qualidade e uma equipa incrível que partilhou a minha paixão por boa comida e serviço. E nós fizemos exatamente isso".
Sabia-se que o grupo procurava compradores nos últimos meses. Uma situação provocada pelos fracos resultados devido à forte concorrência.
Em fevereiro de 2018 era noticiado que a empresa Jamie Oliver Restaurant Group estava a realizar atualmente cortes em outras áreas do seu negócio, apesar de o ‘chef’ ter injetado em dezembro dois milhões de libras (3,3 milhões de euros) do seu próprio capital.
Em janeiro, do mesmo ano, o cozinheiro britânico anunciou o encerramento de 12 dos seus 37 restaurantes italianos no Reino Unido como parte de um plano de resgate, uma medida que afetou 200 postos de trabalho. Fonte da Reuters adianta que desta vez para proteger os credores será implementada uma reestruturação na empresa que pode implicar o despedimento de mais de 1000 funcionários no Reino Unido.
Em janeiro de 2017, a cadeia de Jaime Oliver já tinha encerrado seis dos seus restaurantes italianos, alegando na altura a “incerteza” gerada pelo ‘Brexit’ – a saída do Reino Unido da União Europeia – e as “duras” condições do mercado.
Jaime Oliver sofreu vários contratempos nos seus negócios, como o encerramento da sua cadeia Union Jack no ano passado, e o fecho da sua revista Jaime, que funcionava há quase uma década.
Em 2015, o ‘chef’ admitiu que cerca de 40% das suas aventuras empresariais tinham corrido mal e lhe tinham custado dinheiro, apesar de ter comentado que esses erros lhe tinham ensinado lições “valiosas”.
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