Para esta primeira fase do projeto Reflorestar, lançado pela autarquia “para devolver as áreas verdes à floresta do concelho”, no distrito de Coimbra, os donos das áreas ardidas podem candidatar-se até 31 de janeiro.
A oferta de 250 mil unidades abrange uma segunda candidatura, ainda em 2019, entre 1 e 30 de setembro.
A divulgação desta campanha começou esta semana a ser feita, na página do município na internet e através de editais, afixados em locais públicos do concelho, designadamente nas sedes das juntas de freguesia.
Há três meses, o presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, disse à agência Lusa que a autarquia fará um investimento faseado de um milhão de euros na compra de espécies da primitiva flora lusitana, como incentivo aos munícipes para arrancarem os eucaliptos nascidos nas zonas devastadas pelo fogo.
Os incêndios de 15 e 16 de outubro de 2017 consumiram 97% da área florestal do concelho de Oliveira do Hospital.
As árvores e os arbustos disponibilizados são castanheiros, sobreiros, medronheiros, carvalhos e pinheiros-mansos, entre outros.
“Após aprovação das candidaturas, a plantação das árvores terá de ocorrer até 30 de março ou 31 de dezembro de 2019”, dependendo do momento em que os interessados concorrem ao incentivo, informou hoje a Câmara Municipal em comunicado.
Para garantir o sucesso da reflorestação, o Gabinete Técnico Florestal (GTF) da autarquia “prestará todo o aconselhamento técnico necessário aos candidatos, que ficam obrigados a cumprir com as normas definidas no projeto Reflorestar, assim como lhes assegurará uma breve ação de formação para garantir a correta plantação”.
No primeiro ano de vigência do projeto, “cada proprietário pode candidatar-se a um limite máximo de 500 árvores, ficando obrigado, sob compromisso de honra, a assegurar a necessária manutenção”.
As candidaturas podem ser submetidas através da página da internet da Câmara de Oliveira do Hospital ou entregues em mão no GTF.
Citado na nota, José Carlos Alexandrino realça “a importância desta medida num concelho em que os eucaliptos têm estado a invadir o território por via da germinação descontrolada das sementes, formando mantos contínuos” que impedem o crescimento das espécies nativas.
Depois da tragédia dos fogos, importa aproveitar esta “oportunidade para se deixar às gerações vindouras uma floresta sustentável, com biodiversidade e de muito menor risco ao nível da propagação dos incêndios”, defende o autarca, que cumpre um terceiro mandato pelo PS, na condição de independente.
O incêndio de outubro de 2017, que começou junto a Vilarinho, concelho da Lousã, propagou-se a diversos municípios da região Centro e causou elevados prejuízos materiais, além de ter originado a morte de 50 pessoas, 13 das quais em Oliveira do Hospital, tendo cerca de 70 ficado feridas.
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