Rússia, China, dois membros permanentes do Conselho de Segurança (CS), e a Bolívia, membro não permanente, votaram pelo texto, oito países votaram contra e quatro abstiveram-se.
O texto, de cinco parágrafos, manifestava uma “grande inquietação” face à “agressão” contra um Estado soberano, que, na perspetiva de Moscovo, “viola o direito internacional e a Carta das Nações Unidas”.
A França anunciou em paralelo a apresentação em breve de uma nova resolução para ultrapassar “o impasse sírio”.
“Vamos apresentar em breve um projeto de resolução com os nossos parceiros britânicos e americanos”, declarou o embaixador francês, François Delattre.
Fonte diplomática francesa citada pela agência noticiosa France-Presse referiu que Paris pretende a formação de um mecanismo de investigação sobre o recurso às armas químicas, favorecer o acesso humanitário sem limites e obter uma nova dinâmica do processo de paz iniciado em Genebra sob égide da ONU.
Previamente, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, tinha denunciado os ataques norte-americanos, franceses e britânicos.
“As vossas agressões agravam a situação humanitária” na Síria, disse. “Não saíram no neocolonialismo”, reforçou, ao considerar que Washington, Londres e Paris “ignoraram a Carta da ONU”.
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje de madrugada uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco. O presumível ataque químico foi realizado faz hoje uma semana.
Última atualização às 19:09
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