Num comunicado, a Polícia Federal brasileira informou que realizou a operação Faroeste, que teve o “objetivo de desarticular um possível esquema criminoso" relacionado com a "venda de decisões judiciais por juízes de primeira e segunda instância do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia”.
Os magistrados investigados são suspeitos de praticarem atos de corrupção ativa e passiva, branqueamento de ativos, fuga ao fisco, organização criminosa e tráfico de influência.
Os investigadores suspeitam que os seis juízes investigados integrem uma organização criminosa composta por advogados e produtores rurais que, juntos, atuavam na venda de decisões para legitimar a venda ilícita de terras no oeste do estado da Bahia.
O esquema criminoso envolveria ainda o uso de 'fantasmas' e empresas de fachada para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.
As autoridades suspeitam que a área cuja propriedade foi legitimada irregularmente supere 360 mil hectares e que o grupo envolvido no crime terá movimentado quantias milionárias.
Segundo as autoridades brasileiras, mais de 200 agentes da polícia, acompanhados de procuradores da República, cumpriram quatro mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão em gabinetes, fóruns e escritórios de advocacia.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Salvador, Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, no estado da Bahia, e em Brasília.
Também foram cumpridas determinações de afastamento por 90 dias de quatro juízes de segunda instância e dois juízes de primeira instância que trabalham no Tribunal de Justiça da Bahia.
Os mandados foram emitidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e têm por objetivo localizar e apreender provas complementares dos crimes alegadamente praticados.
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