O que está em causa neste processo?
A investigação teve início no ano passado, concretamente na sequência de confrontos na reunião magna do FC Porto.
Além deste clima de intimidação, a elementos da então estrutura de candidatura de André Villas Boas à presidência dos dragões, contra Pinto da Costa, este processo também trata de ameaças à integridade física do agora presidente dos azuis e brancos e ainda a uma onde de assaltos no Grande Porto.
O Ministério Público acusa Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, de 31 crimes no âmbito da Operação Pretoriano: três crimes de atentado à liberdade de informação, sete de ofensa à integridade física, 19 de coação e ameaça agravada, um de instigação pública e um de arremesso de objetos. Estes crimes também são imputados a Sandra Madureira, Vítor Catão, Hugo "Polaco" e Fernando Saúl.
O que foi hoje decidido?
O tribunal anunciou esta quinta-feira que todos os arguidos, num total de 12, irão mesmo a julgamento no âmbito da Operação Pretoriano.
O antigo líder dos Super Dragões ('Macaco') e a mulher eram acusados pelo Ministério Público (MP) de 31 crimes, entre os quais ofensas à integridade física, arremesso de objetos e atentado à liberdade de informação. O casal não poderá recorrer da decisão, avança o jornal.
As defesas dos arguidos pediram durante o debate instrutório, que os respetivos constituintes não sejam pronunciados, ou seja, não sejam levados a julgamento.
Já o Ministério Público (MP), defendeu a ida a julgamento de todos os 12 arguidos da Operação Pretoriano nos exatos termos dos crimes que constam da acusação.
Durante a leitura da decisão instrutória, a juíza explicou que manteve na íntegra a acusação do Ministério Público (MP) porque a prova documental, testemunhal e pericial é forte.
A abertura de instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, foi requerida por alguns dos 12 arguidos.
A fase de instrução no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto começou em 28 de outubro.
Quem vais responder em tribunal?
Inicialmente foram detidas 12 pessoas, 11 homens e uma mulher, onde se destacaram o chefe da claque dos Super Dragões, Fernando Madureira, e ainda a sua mulher.
Além destes dois, também foi detido na altura Vítor Catão, adepto do FC Porto, e ainda Fernando Saúl, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e speaker do Estádio do Dragão.
Além destes, vão responder em tribunal também Hugo Carneiro, elemento dos Super Dragões com a alcunha de 'Polaco'; Carlos Nunes, também da dita claque e conhecido como 'Jamaica'; Vítor Oliveira, também conhecido como 'Aleixo'; Vítor Bruno Oliveira, filho do suspeito anterior e que nas imagens da AG de dia 13 surge a pontapear um sócio; Tozé Sá, que noutras imagens do evento empurra o sócio Henrique Ramos, conhecido como 'Tagarela'; Hugo Loureiro e José Pereira.
Madureura é o único arguido do processo em prisão preventiva desde a sua detenção a 31 de janeiro.
Como o FC Porto reagiu a este processo?
O FC Porto vai pedir uma indemnização de cinco milhões de euros contra os arguidos do processo, tendo-se tornado assistente do mesmo.
A direção de André Villas-Boas deu também início a uma auditoria para perceber as perdas causadas por um alegado esquema de venda de bilhetes liderado por Madureira.
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