“Necessitamos que todos vocês levantem a voz para acabar com a perseguição, as violações dos direitos humanos na Venezuela e para que possam ser realizadas eleições limpas e livres que conduzam à democracia, à liberdade e à paz no nosso país”, disse.

Maria Corina Machado falava perante a Missão Independente de Determinação dos Factos para a Venezuela, da ONU, cuja intervenção foi divulgada em vídeo, em Caracas, pelo partido Vente Venezuelano, que lidera.

Para esta opositora, que venceu em outubro as primárias da oposição para as presidenciais de 2024, mas cuja candidatura foi barrada pelo Supremo Tribunal da Venezuela, “os venezuelanos têm este ano a oportunidade de fazer avançar a transição democrática através de eleições presidenciais livres e justas”.

“Fizemos progressos: conseguimos unificar todas as forças da oposição através de eleições primárias em que participaram três milhões de venezuelanos dentro e fora do país e das quais emergiu uma liderança legítima”, disse.

A opositora defendeu que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, “sabe que, pela rota eleitoral, está perdido, e quer bloquear e impedir a minha participação como candidata e aumentou a repressão e a perseguição dos cidadãos e dos membros dos nossos comandos de campanha”.

“Há 264 presos políticos na Venezuela, entre eles quatro membros dos nossos comandos de campanha: Juan Freites, Luis Camacaro, Emill Brandt e Guillermo López”, disse, recordando que em 15 de fevereiro a Venezuela expulsou os membros do escritório local do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.