"Deixo todos os meus cargos, saio da política, política institucional", anunciou Pablo Iglesias a um grupo de ativistas do seu partido, depois de se saber o resultado das eleições regionais de Madrid.
"Ser útil para o Unidas Podemos é a minha maior aspiração, e acho que é evidente que hoje não contribuo para somar, não sou uma figura que contribua para somar para que possamos [Podemos] vencer na Comunidade de Madrid e da Câmara Municipal. Quando a situação é esta, quando te transformaram em bode expiatório, quando o teu papel mobiliza o pior dos que odeiam a democracia, tu tomas decisões", dissera antes.
“Vou continuar comprometido com o meu país, mas não serei um obstáculo para a renovação da liderança”, acrescentou, acompanhado por outros membros do Unidos Podemos, incluindo as ministras Irene Montero e Ione Belarra.
Iglesias reconheceu ainda que a formação não obteve os resultados que pretendia, qualificou de "fracasso" o apoio conseguido pela esquerda nestas eleições e disse ter "a absoluta consciência" de se tornou "o bode expiatório que mobiliza os efeitos mais sombrios e antidemocráticos".
Pablo Iglesias é o líder do Unidas Podemos e foi vice-presidente no Governo minoritário do primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, tendo abandonado o executivo em março para concorrer às eleições regionais de Madrid que se realizaram hoje.
A direita espanhola e a sua candidata, uma personalidade em ascensão na política espanhola, Isabel Díaz Ayuso, tiveram uma vitória esmagadora nas eleições regionais de Madrid, alcançando quase a maioria absoluta.
O resultado destas eleições significa um contratempo para o Partido Socialista (PSOE) do primeiro-ministro Pedro Sánchez, que lidera uma coligação de esquerda, com o Unidas Podemos, no Governo nacional.
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