“É o primeiro sacerdote português a receber esta dignidade numa das igrejas mais importantes de Roma, a onde o Papa se desloca regularmente, sobretudo de cada vez que viaja e onde se encontra o mais importante ícone mariano, a Salus Populi Romani, um dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude”, lê-se na página Igreja Açores, da Diocese de Angra.

Monsenhor, sacerdote diocesano e secretário do Studium do Dicastério das Causas dos Santos, curso de formação de especialistas nos processos de beatificação e canonização, António Saldanha e Albuquerque será investido cónego de Santa Maria Maior, em 28 de abril, passando a integrar o cabido liberiano desta basílica papal.

Segundo o sítio Igreja Açores, o cabido da basílica de Santa Maria Maior data do século XII e os seus cónegos têm a dignidade eclesiástica de protonotários apostólicos.

Estão sepultados nesta basílica sete pontífices e o Papa Francisco também já anunciou a intenção de ser lá sepultado.

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, saudou a nomeação do sacerdote açoriano, alegando que representa “uma honra e um orgulho” para Portugal e em concreto para a região.

“A investidura do monsenhor António Saldanha eleva o próprio e todo o país e a região. A confiança depositada pelo Papa Francisco terá correspondência, tenho a certeza, na missão que o nosso concidadão agora abraça”, afirmou o chefe do executivo açoriano, citado em nota de imprensa.

António Saldanha e Albuquerque nasceu em 1969 na ilha do Faial, nos Açores, e foi ordenado sacerdote em 1994.

É doutorado em história pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, foi professor de história no Seminário de Angra e pároco nas ilhas Terceira e Faial.

Foi nomeado monsenhor pelo Papa Bento XVI em 2012, é comendador da Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém e capelão magistral da Soberana e Militar Ordem de Malta.

Atualmente, era oficial na Congregação para a Causa dos Santos.