Centenas de pagers explodiram no Líbano em regiões consideradas redutos do Hezbollah, matando nove pessoas e ferindo 2.800, segundo fontes oficiais. O grupo pró-Irão atribuiu o ataque a Israel.

Os aparelhos tinham sido encomendados à fabricante taiwanesa Gold Apollo, informou o jornal, citando funcionários americanos "e de outros países". Os pagers foram manipulados por Israel antes de chegarem ao Líbano.

Uma fonte próxima do Hezbollah disse mais cedo à AFP que os pagers “que explodiram correspondem a um carregamento de mil dispositivos” que parecem ter sido “sabotados desde a origem". Segundo o NYT, foram encomendados cerca de 3 mil pagers, a maioria do modelo AP924.

“Para Israel introduzir um detonador explosivo no novo lote, provavelmente precisou de aceder à cadeia de abastecimento desses dispositivos”, disse a analista militar e de segurança Elijah Magnier, radicada em Bruxelas.

“A inteligência israelita infiltrou-se no processo de produção, acrescentando um componente explosivo e um mecanismo de ativação remota aos pagers sem levantar suspeitas”, ressaltou a analista, levantando a possibilidade de que a terceira parte que vendeu os dispositivos possa ter sido uma “frente de inteligência” criada por Israel para esse fim.