Em conferência de imprensa realizada hoje, em Bissau, o porta-voz do PAIGC, João Bernardo Vieira, não quis esclarecer se o partido tem maioria absoluta, porque "não quer substituir-se à Comissão Nacional de Eleições (CNE)".
"Não gostaria de entrar nesses detalhes", mas "estamos com uma maioria que permite-nos estar um pouco mais confortáveis", afirmou o dirigente do PAIGC.
Assim que a CNE anuncie os primeiros resultados parciais, previstos para quarta-feira, o líder do PAIGC e candidato a primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, irá fazer uma "análise política" das eleições, em conferência de imprensa.
Após uma "campanha eleitoral extenuante", mas "rica em experiências", "o mais importante é unir o povo guineense, sem distinção de raça, etnia ou religião", disse João Bernardo Vieira, salientando que os dirigentes do PAIGC estão "calmos e serenos", porque estão "criadas condições para uma governação estável para o nosso país".
A direção do partido decidiu convocar a conferência de imprensa de hoje, ainda antes do anúncio da CNE, porque têm estado a circular "documentos e números falsos" por parte de outros partidos sobre as eleições de domingo, disse Bernardo Vieira.
O porta-voz do PAIGC recordou "dispõe de atas síntese" de todas as mesas eleitorais e exige "lisura e transparência no apuramento" dos resultados.
"O povo exprimiu a sua vontade inequívoca de o PAIGC dirigir o país", salientou o membro do Bureau Político daquele partido, numa conferência onde falou em português, inglês e francês, dada a presença de jornalistas internacionais.
Na declaração, o partido agradeceu "a renovada confiança" da população: "isto significa que o povo compreendeu e bem a mensagem do PAIGC", conclui.
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