Num comunicado, a associação de pais indicou que, no final do ano letivo passado, uma inspeção técnica determinou o encerramento daquele bloco, “construído provisoriamente há 40 anos”.
Segundo a associação, o pavilhão, em madeira, “não reúne condições para que centenas de alunos, professores e assistentes operacionais ali estudem e trabalhem”.
“É um pavilhão muito degradado, com humidade e com fendas nas casas de banho. Estamos a falar de um pavilhão instalado há 40 anos”, referiu à agência Lusa Ricarda Fernandes, membro da direção da associação de pais.
Contudo, é naquele bloco que estão instalados os únicos laboratórios de Físico-Química existentes na escola, localizada na freguesia de São Domingos de Benfica, e o seu encerramento priva cerca de 600 alunos das aulas práticas daquela disciplina.
Após o encerramento do bloco, a direção da escola pediu à Câmara de Lisboa a instalação de “contentores para garantir as salas de aula necessárias, bem como os laboratórios”, indicaram os pais.
No comunicado, a associação disse que o ano letivo começou “sem contentores instalados” e que, para minimizar os danos, “o bloco F foi parcial e temporariamente reaberto”.
“Assim, os alunos, professores e operacionais continuam a trabalhar e a estudar em condições de risco”, frisaram.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Lisboa, assegurou que a autarquia está a acompanhar de perto esta situação mas explicou que a responsabilidade da instalação dos contentores é da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE).
De acordo com a câmara, no âmbito da descentralização de competências, compete aos municípios a realização de intervenções de conservação e de manutenção em estabelecimentos da educação pré-escolar e de ensino básico e secundário.
“A colocação de monoblocos não configura uma intervenção manutenção ou conservação, pelo que a mesma não cai no âmbito das competências transferidas”, explicou a autarquia.
A Lusa contactou também o Ministério da Educação, que tutela a DGEstE, que remeteu um eventual esclarecimento para mais tarde.
Contudo, a autarquia lisboeta indicou que a Escola 2,3 Professor Delfim Santos vai ser alvo de uma requalificação geral, mas que, enquanto esse projeto não arranca, serão levadas a cabo pequenas obras.
“Enquanto se aguarda a realização do projeto de requalificação, o município está a desenvolver trabalhos que envolvem pequenas reparações de situações detetadas após vistorias técnicas, como a reparação do pavimento, grelhas e rede de esgotos e pintura de paredes e tetos da copa e cozinha ou a colocação de grade na zona do bar da escola”, indicou a Câmara de Lisboa.
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