As negociações arrastam-se desde que o Presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, encarregou em outubro o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, o conservador Karl Nehammer, de formar um novo governo.

Esta decisão surgiu depois de todos os outros partidos se terem recusado a formar governo com o líder do Partido da Liberdade (de extrema-direita), Herbert Kickl, que em setembro venceu pela primeira vez uma eleição nacional.

Nehammer tem tentado formar uma coligação entre o seu Partido Popular Austríaco com os sociais-democratas, de centro-esquerda, e o partido liberal Neos.

O partido de Nehammer e os sociais-democratas já governaram a Áustria em conjunto no passado, mas têm a maioria mínima possível no parlamento eleito em setembro, com um total combinado de 92 dos 183 lugares.

Esta foi amplamente considerada uma margem muito pequena e os dois partidos procuraram trazer o partido Neos para a coligação.

Entretanto, a líder dos Neos, Beate Meinl-Reisinger, disse que hoje informou Nehammer, o líder social-democrata Andreas Babler e o Presidente Van der Bellen que o seu partido “não vai continuar” as negociações para se tornar parceiro num novo governo.

Beate Meinl-Reisinger disse que não foi possível fazer progressos nem garantir um acordo sobre “reformas fundamentais”.

De acordo com a agência de notícias AP, não ficou claro quais serão os próximos passos para a formação de um novo governo na Áustria.